quarta-feira, 18 de novembro de 2009

E quando o repórter interpreta errado?

É bem verdade que as notícias que chegam às nossas mãos, sejam elas através do impresso, da web, da rádio, da TV ou qualquer outro meio utilizado hoje para veicular informação, podem de alguma forma possuir um grau de inexatidão ou até mesmo erros gravíssimos. Esse não é um fato distante de nós. O repórter não se atem apenas em relatar os fatos tal qual ocorreram.
Na tentativa de agregar valor à notícia, o repórter acrescenta informações relevantes que complementam a matéria para uma melhor compreensão do fato noticiado. Não há problema algum se o repórter faz a utilização dessas informações complementares. Acontece que geralmente não se tem o tempo necessário para realizar uma boa apuração, em virtude do curto prazo que o repórter dispõe para fechar uma matéria (isso quando consideramos os meios que transmitem notícias quase que em tempo real, como a internet).

O aspecto que devemos nos preocupar é quanto aos problemas de interpretação do repórter ao apurar e escrever uma matéria que chega a dezenas, centenas e milhares, e porque não milhares de pessoas pelo mundo afora, que merecem pelo menos ser bem informados sobre os fatos sociais que afetam direta ou indiretamente a sua condição de cidadão que tem seus direitos expressos na constituição.


Texto produzido por Anderson Kleiton com exigência da disciplina Técnicas de entrevista e reportagem.

Acessibilidade sim!


O projeto Bairro Para Todos desenvolvido pela Sead - Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência está parado, a primeira etapa do projeto é basicamente elevar o cruzamento da Rua Guilherme Pinto com a Av. Joaquim Nabuco e adequar a parada de ônibus próxima ao cruzamento. “Estamos tentando entrar em contato com uma especialista urbanista da Grande Recife para aceitar o trabalho e amadurecer o projeto” afirmou Marcelo Pedrosa coordenador de acessibilidade da Sead.
Os problemas para locomoção enfrentados pela população ainda acontecem com muita freqüência, aumentado as dificuldades para aqueles com limitações temporárias ou permanentes. De acordo com Marcelo Pedrosa, isso ocorre porque na maioria das vezes os espaços são construídos sem levar em conta as diferenças entre crianças, idosos, mulheres grávidas, pessoas acidentadas, com deficiência, obesas etc.
Mesmo após a criação da Norma Brasileira - NBR 9050 que estabelece os critérios e parâmetros técnicos visando proporcionar a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente urbano, os problemas para quem possui algum tipo de deficiência continuam evidentes. Segundo relatórios da EMLURB e URB, as obras mais recentes realizadas na praça do Derby, no corredor leste-oeste e na av. Beira Rio, foram construídas com acessibilidade, no intuito de assegurar o livre acesso e a circulação para todas as pessoas garantindo a utilização destes espaços urbanos. Acontece que alguns detalhes imprescindíveis precisam ser desenvolvidos para melhorar este livre acesso. Nessas obras ainda não foram substituídos os sinais de transito por sinais sonoros para facilitar a travessia do deficiente visual com segurança, faltam informações sobre linhas, itinerários e horários dos veículos em Braille e nem todos os veículos possuem os elevadores para os cadeirantes.
Todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender às normas do Fórum Nacional de Normalização para serem considerados acessíveis. O nível de acessibilidade das obras realizadas pela URB e EMLURB é acompanhado pela Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) da Prefeitura do Recife, que apresenta propostas de intervenção nas vias públicas quanto à sinalização, rebaixamento de calçadas, regularização do pavimento, ordenação e do mobiliário.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas por Antônio Cícero José do Santos, deficiente visual, 25, são os carros estacionados nas calçadas, a falta de sinalização sonora nos sinais de trânsito, os buracos nas ruas e os orelhões. “Já bati várias vezes com a cabeça em orelhão, antes da bengala tocar no ferro que sustenta o orelhão eu já tenho batido com a cabeça”.
Texto produzido por Anderson Kleiton como exigência da disciplina de Redação Jornalística.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O invisível das Imagens


Olá gente!

Estou de volta! O meu primeiro post desse mês foi uma atividade desenvolvida para a disciplina de História da Arte. Um texto que fala sobre as qualidades intrínsecas do recurso imagético. Espero que gostem....


A leitura do material de Jorge Coli sugere ao leitor um posicionamento de considerar aquilo que é invisível nas imagens. Ele parte do pressuposto de que estas características invisíveis e imateriais são silenciosas e intuitivas, em que o indivíduo incorpora um saber capaz de observar o que há de comum entre as formas. Partindo do conceito de imagem (ligada à cópia, à imitação, que nasce da vontade de reproduzir), o autor continua a abordar alguns tópicos, como o princípio de identificação, que em síntese é o objetivo que se deseja alcançar com a representação de algo que está sendo representado. Ou seja, ninguém confunde o retratado com o retrato. Jorge Coli afirma que as imagens embora sejam a representação de um vazio verdadeiro (condenação platônica), carregam em si o próprio processo de raciocínio (isso porque essa representação possui uma essência), pois são nucleares dentro do estudo da história da arte. O autor sugere ainda que diante do conjunto coletivo de produções artísticas, há um prazer enorme em descobrir imagens renascendo em outras imagens, tomando sentidos completamente novos, que é o que ele chama de “terceira margem do rio”, em que a analogia de uma representação funde-se em outras obras. A visualização dessa terceira margem vem da atividade do que ele classifica como “treinar o olho”, ressuscitando o mesmo para se transformar em outro. A afirmação feita pelo autor de que “a fotografia traz a semelhança da obra; não é a obra, mas faz parte dela”, me chamou a atenção e levou-me necessariamente a estabelecer uma conexão com a idéia de Marcel Proust, que não se importava com a exposição do objeto artístico às massas e que num certo sentido, ele afirmava que não havia a perda da aura pela reprodução técnica da fotografia, pois essa reprodução é o que vimos e ainda vemos (Isso quando levamos em consideração o fato de que dependendo da localização geográfica em que um indivíduo se encontre, ele pode então, através de reproduções imagéticas, conhecer as mais diversas produções artísticas). É verdade que houve um número consideravelmente grande de teóricos que se opuseram a idéia da indústria cultural como vemos claramente na Escola de Frankfurt, primeiramente representada por Theodor Adorno e Max Horkheimer com críticas da cultura dos anos 1930 – 1960.
Anderson Kleiton