segunda-feira, 16 de março de 2009

O invisível das Imagens


Olá gente!

Estou de volta! O meu primeiro post desse mês foi uma atividade desenvolvida para a disciplina de História da Arte. Um texto que fala sobre as qualidades intrínsecas do recurso imagético. Espero que gostem....


A leitura do material de Jorge Coli sugere ao leitor um posicionamento de considerar aquilo que é invisível nas imagens. Ele parte do pressuposto de que estas características invisíveis e imateriais são silenciosas e intuitivas, em que o indivíduo incorpora um saber capaz de observar o que há de comum entre as formas. Partindo do conceito de imagem (ligada à cópia, à imitação, que nasce da vontade de reproduzir), o autor continua a abordar alguns tópicos, como o princípio de identificação, que em síntese é o objetivo que se deseja alcançar com a representação de algo que está sendo representado. Ou seja, ninguém confunde o retratado com o retrato. Jorge Coli afirma que as imagens embora sejam a representação de um vazio verdadeiro (condenação platônica), carregam em si o próprio processo de raciocínio (isso porque essa representação possui uma essência), pois são nucleares dentro do estudo da história da arte. O autor sugere ainda que diante do conjunto coletivo de produções artísticas, há um prazer enorme em descobrir imagens renascendo em outras imagens, tomando sentidos completamente novos, que é o que ele chama de “terceira margem do rio”, em que a analogia de uma representação funde-se em outras obras. A visualização dessa terceira margem vem da atividade do que ele classifica como “treinar o olho”, ressuscitando o mesmo para se transformar em outro. A afirmação feita pelo autor de que “a fotografia traz a semelhança da obra; não é a obra, mas faz parte dela”, me chamou a atenção e levou-me necessariamente a estabelecer uma conexão com a idéia de Marcel Proust, que não se importava com a exposição do objeto artístico às massas e que num certo sentido, ele afirmava que não havia a perda da aura pela reprodução técnica da fotografia, pois essa reprodução é o que vimos e ainda vemos (Isso quando levamos em consideração o fato de que dependendo da localização geográfica em que um indivíduo se encontre, ele pode então, através de reproduções imagéticas, conhecer as mais diversas produções artísticas). É verdade que houve um número consideravelmente grande de teóricos que se opuseram a idéia da indústria cultural como vemos claramente na Escola de Frankfurt, primeiramente representada por Theodor Adorno e Max Horkheimer com críticas da cultura dos anos 1930 – 1960.
Anderson Kleiton